Samurai

Um rompante de dor
Faz brotar em meu peito uma quimera
Alimentada pelo ódio
Vive a fera
Que bebe do meu próprio desamor

Enraíza em meu corpo, se alastra
Formando em meu coração, uma mata
De vasta escuridão, sem cor

Sombria e minha alma
Por onde a solidão se espalha
Sugando-me todo sabor

Preso dentro de mim, esta meu corpo
Esses meus pensamentos loucos
Faz-se assim sepultar meu ser

Padece no silêncio, meu amor
O corpo perdi o calor
Mas meu coração, resisti em querer viver
Pulsa fraco,
Mas com esperança
Traz em si,
A mais valiosa herança
De um guerreiro samurai

Luta contra tudo
E contra todos,
Amansando no peito a quimerá
Fazendo brotar em mim, o amor

Que floresce em pleno Outono
Com a força da primavera
E a escuridão ganha cor
Abri em meu sorriso, uma flor
Presente de um lutador
Que com a quimerá lutou….
Um samurai vencedor

(Carlos Alberto)
Bebeto